terça-feira, 12 de maio de 2009

SONETO PRESENTE-JOSÉ C. ARY DOS SANTOS








Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra donde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.


Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso dizer eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.


Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.


Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que fôr o meu.

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